Os Boys é uma comédia política sobre os assessores, dos gabinetes ministeriais e da oposição e da conivência destes com os interesses económicos e políticos que determinam a forma como as decisões são tomadas no Parlamento e nos Governos.
Portugal, na actualidade. César regressa a Lisboa, depois de ter estado no Brasil a trabalhar nos bastidores da organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, chamado pelo Dr. Angelino, uma figura tutelar do centrão político, mas rapidamente muda de patrão e passa a ser o principal assessor do ministro que faz a coordenação política do novo governo.
Trata-se de um Executivo que se preparava para ser maioritário mas que acaba frágil, minoritário e obrigado a governar em coligação com um pequeno partido. Durval é a face mais visível deste parceiro que consegue, pela primeira vez, nomear ministros e colocar alguns boys em lugares-chave do Estado. Durval vai estabelecer com César e o Ministro um triunvirato que irá gerir politicamente o Governo num momento extremamente complicado para o país.
É que vêm aí eleições presidenciais para escolher um novo chefe de Estado e Portugal encontra-se, pela enésima vez, em risco de falência iminente, é olhado com extrema desconfiança pelos países da zona Euro, pelos mercados, pelas agências de rating… Por quase toda a gente em quase todo o mundo.
Esta conjuntura política e financeira pantanosa é o terreno ideal para fazer fervilhar os interesses privados que gravitam em redor do Estado e cujo maior suserano é o Dr. Angelino. A ajudá-lo estão Bombarda, advogado e melhor amigo de César, que vê o interesse público como uma coutada privada do seu escritório de advocacia, e Ana, antiga namorada de César, uma girl do maior partido da Oposição que ambiciona voos mais altos.
A correr por fora, surge Manuel Guimarães, um homem que se retirou da política, um alentejano indomável temido pelos dois grandes partidos do Centro e que é p