Uma série ficcional inspirada livremente no período em que Eça de Queiroz foi Cônsul de Portugal em Cuba, à época colónia espanhola
Em 1871 caiu o Governo que proibira as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, lideradas por Antero de Quental, onde Eça de Queiroz intervira. No ano seguinte Eça é nomeado Cônsul, em Havana, por Andrade Corvo, Ministro dos Negócios Estrangeiros do novo Governo de carácter mais liberal.
Em Cuba, colónia espanhola, continua a escravatura. Existem cerca de cem mil contratados chineses que saem da China através de Macau com documentos portugueses.
Eça segue para Havana com o encargo de tentar resolver o problema dos chineses, tratados como escravos nas plantações de cana-de-açúcar. Durante o tempo em que lá permanece, Eça não deixa por mãos alheias os seus méritos de sedutor e vive um amor escaldante com Mollie, filha do General americano Bidwell, uma jovem moderna e apaixonada que se sente tão à vontade à mesa de póquer como no jogo da sedução.
Seguiremos também a história de Lô, uma menina chinesa que embarca clandestinamente para Cuba e que é ajudada por um marinheiro de bom coração, que a entrega às freiras do Convento de Santa Clara.
Para ajudarem Lô a escapar das garras do grande traficante de escravos da Ilha, Don Zulueta, vão convergir pessoas de bem e defensoras da liberdade: o jornalista e livre-pensador Vicente Torradellas, D. Antónia Morales, proprietária de terras, a Madre Filomena, o próprio Eça de Queiroz e o seu amigo Juan, um rapazito engraxador cheio de manhas e artimanhas necessárias à sobrevivência numa cidade como Havana.