Lisboa, 1979. Depois da Revolução de Abril de 1974, a liberdade trouxe alguns aspectos menos positivos. A cidade tem o seus meandros sujos, com "histórias" da noite (e do dia…), crime, negócios escuros e assassínios.
Zé Gato (Orlando Costa) é um agente de Polícia (supõe-se Judiciária, visto não ser claro na Série) conhecedor destes meandros. Caracteriza-se pela sua rectidão, coragem e pelos métodos menos ortodoxos que usa (não era comum na altura o trabalho sob disfarce e quando tinha de bater em alguém fazia-o com vigor). A sua marca mais característica é fazer "dançar" uma moeda pelos seus dedos.
A chefiá-lo está o Inspector Duarte (António Assunção). Austero, sempre com "duas pedras na mão", no fundo apreciava o seu subordinado pela coragem demonstrada. Em termos de eficiência, não era tão bom com Zé.
O principal informador de Zé é um marginal com a alcunha de "Matrículas" (Luís Lello). Com aquele jeitinho de "desenrasca" tipicamente português (os "negócios" de ocasiao e os menos claros, os totobolas…) é, no fundo, o melhor amigo de Zé, fazendo-lhe por vezes favores que põem em risco a sua própria vida (num epísódio, Zé é internado num hospital - depois de o tentarem matar - e é Matrículas que marca presença numa das suas operações policiais).
Um outro grande amigo de Zé é um ex-Agente a quem Zé trata por "Mestre" (Canto e Castro). Já reformado, é como um guru para Zé, dando-lhe dicas de como prosseguir o seu trabalho da melhor forma.